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Você já imaginou uma vacina contra o cobreiro que também cuide do seu coração? Pode soar estranho, mas uma revisão científica global liderada por Charles Williams (GSK) indica que a vacina contra herpes‑zóster pode reduzir o risco de eventos graves como AVC e infarto. Os dados são promissores, porém ainda exigem mais estudos para confirmação. No Brasil, a vacina está hoje apenas na rede privada e é cara, por isso a inclusão no SUS segue em avaliação.
- Vacina contra herpes‑zóster pode reduzir risco de doenças cardiovasculares e AVC
- Revisão global reuniu várias pesquisas sobre esse efeito
- Autor do estudo tem ligação com a fabricante da vacina
- Especialistas pedem pesquisas adicionais para confirmar a associação
- No Brasil, disponível só na rede privada; avaliação para o SUS em andamento
Você e a vacina do cobreiro: seu coração está ouvindo?
O que aconteceu (e por que você deve prestar atenção)
Uma revisão global sugere que a vacina contra herpes‑zóster também pode diminuir o risco de problemas cardíacos e cerebrais, incluindo acidente vascular cerebral (AVC). Em adultos vacinados, a revisão mostrou redução relativa do risco: ~18% para 18–50 anos e ~16% para maiores de 50 anos. Não é solução milagrosa, mas é um dado relevante para avaliar prevenção.
A análise reuniu 19 estudos e aponta uma redução pequena, porém consistente, em eventos cardiovasculares entre vacinados.
O que foi avaliado (e como isso te afeta)
Quem participou
- 19 estudos no total.
- Em 9 estudos, predominância masculina (53,3% nesses estudos).
- Em 7 estudos, a idade média variou entre 53,6 e 74 anos.
Qual foi o efeito medido
- Diferença absoluta: 1,2 a 2,2 eventos a menos por 1.000 pessoas/ano entre vacinados.
- Redução relativa: ~18% (18–50 anos) e ~16% (>50 anos).
Em termos práticos: para cada 1.000 pessoas vacinadas por um ano, ocorrem entre 1 e 2 eventos graves a menos.
Como a vacina poderia proteger o coração (explicado de forma simples)
O vírus do herpes‑zóster é o mesmo da catapora e fica latente no sistema nervoso. Quando reativado, pode causar inflamação dos nervos e potencialmente invadir vasos sanguíneos, desencadeando inflamação vascular — um caminho conhecido para AVCs e outros eventos cardiovasculares. Se a vacina evitar a reativação, ela teoricamente reduz essa inflamação e, consequentemente, o risco associado.
Isso é uma hipótese plausível, ainda sujeita a confirmação por pesquisas mais robustas.
O que os especialistas disseram
- Os autores ressaltam a necessidade de mais pesquisas para confirmar se a vacina reduz, de forma significativa, o risco de infarto e AVC.
- Especialistas destacam fatores de confusão como obesidade, hipertensão e diabetes, que podem influenciar os resultados.
- Há evidências de efeitos cardiovasculares benéficos com outras vacinas (por exemplo, a da gripe) em certos contextos.
Resumo: sinal promissor, mas sem confirmação definitiva.
Por que o tema entrou num debate maior
A Sociedade Europeia de Cardiologia incluiu vacinas como um possível quarto pilar da prevenção cardiovascular — além de controle de pressão, colesterol e diabetes. A ideia é considerar a imunização também na estratégia de proteção do coração.
Disponibilidade e custo no Brasil
No Brasil, a vacina contra herpes‑zóster está disponível apenas na rede privada. O Ministério da Saúde solicitou avaliação técnica à Conitec para decidir sobre a inclusão no SUS.
- Preço por dose: R$ 850 – R$ 1.000 (média)
- Esquema: 2 doses, intervalo de 2 a 6 meses
- Custo total aproximado: R$ 1.700 – R$ 2.000
A inclusão no SUS depende de análise de custo‑benefício e prioridades orçamentárias.
Sintomas do herpes‑zóster (o cobreiro)
Sinais iniciais e evoluções comuns:
- Dor nos nervos
- Formigamento, queimação, coceira
- Surgimento de bolhas e pele avermelhada
Áreas mais afetadas: região torácica (~53% dos casos) e cervical (~20%).
Complicações: neuralgia pós‑herpética (dor crônica) e herpes oftálmico (risco de perda visual). O risco de complicações aumenta com a idade.
Quem tem maior risco de reativação do vírus
Risco mais alto em:
- Pessoas idosas
- Portadores de doenças crônicas (hipertensão, diabetes)
- Pessoas com câncer, HIV/aids
- Transplantados ou imunossuprimidos
Se você está nesses grupos, a chance de cobreiro e possíveis efeitos vasculares é maior.
O que a ciência já mostrou sobre doenças cardiovasculares
Doenças cardiovasculares (DCVs) continuam sendo a principal causa de morte global:
- Respondem por cerca de 31% de todas as mortes
- Em 2016, aproximadamente 17,9 milhões de mortes por DCVs
- 85% dessas mortes foram por infarto e AVC
Qualquer intervenção que reduza mesmo modestamente esse risco merece atenção.
Comparativo rápido: preço, doses e efeito aproximado
| Artículo | Informação |
|---|---|
| Disponibilidade no Brasil | Rede privada (avaliação para SUS em andamento) |
| Preço por dose (média) | R$ 850 – R$ 1.000 |
| Doses necessárias | 2 doses (intervalo 2–6 meses) |
| Custo total aproximado | R$ 1.700 – R$ 2.000 |
| Redução relativa de risco (18–50 anos) | ~18% |
| Redução relativa de risco (>50 anos) | ~16% |
| Redução absoluta (por 1.000 pessoas/ano) | 1,2 – 2,2 eventos a menos |
| Estudos reunidos na revisão | 19 estudos |
O que falta (e por que não é hora de alarmismo)
Os pesquisadores são cautelosos porque:
- Existem fatores de confusão (obesidade, hipertensão, diabetes) que podem influenciar os resultados.
- Heterogeneidade entre estudos (populações, idades, métodos) dificulta conclusões firmes.
- O ganho absoluto é modesto; para políticas públicas é preciso prova de custo‑benefício robusta.
Em suma: os dados são encorajadores, mas ainda insuficientes para transformarem a vacina em uma medida universal contra eventos cardiovasculares.
Como pensar na sua prevenção (sem pânico)
- Não é preciso correr para vacinar, salvo indicação médica específica.
- Se você é idoso ou imunossuprimido, a vacina pode ser recomendada para evitar cobreiro e suas complicações.
- Controlar obesidade, hipertensão, diabetes e outros fatores de risco continua prioritário. A vacina não substitui tratamento clínico.
- A vacina da gripe, tomada anualmente, já mostrou reduzir eventos cardíacos em certos grupos — vacinar‑se é boa prática.
- Converse com seu médico, considerando seu perfil de risco e a questão financeira.
Perguntas úteis para levar ao médico
- Tenho indicação para a vacina contra zóster?
- Minha idade e doenças crônicas aumentam o risco de complicações?
- A vacina pode reduzir meu risco de AVC ou infarto?
- Quais são os efeitos colaterais?
- Vale a pena pagar pela vacina na rede privada agora ou esperar uma possível inclusão no SUS?
Aviso prático final (sem sensacionalismo)
A ciência investiga com interesse o papel das vacinas na prevenção cardiovascular. Isso não faz da vacina contra herpes‑zóster um remédio para o coração, mas pode ser mais uma ferramenta preventiva se confirmada. Hoje, a principal limitação é o custo e a falta de inclusão no SUS.
A recomendação prática:
- Mantenha o controle das suas doenças crônicas;
- Faça as vacinas indicadas para sua idade e condição;
- Converse com seu médico sobre riscos e benefícios;
- Aguarde estudos adicionais antes de considerar a vacina como proteção cardíaca definitiva.
Se decidir vacinar, os motivos mais claros são: evitar dor intensa, complicações como perda de visão e, possivelmente, uma redução adicional no risco cardiovascular.
Conclusión
A vacina contra herpes‑zóster surge como um possível aliado na prevenção cardiovascular, com redução relativa de cerca de 16–18% e ganho absoluto modesto (≈1–2 eventos a menos por 1.000 pessoas/ano). Os dados são promissores, porém precisam de confirmação — principalmente devido a possíveis conflitos de interesse e fatores de confusão (obesidade, hipertensão, diabetes). No Brasil, está disponível apenas na rede privada (custo aproximado R$ 1.700–2.000 para o esquema completo). Mantenha o controle das doenças crônicas, converse com seu médico e use o bom senso.
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